O Educativo do IMS de São Paulo, assim como outros museus e espaços culturais da cidade, foi convidado a propor uma atividade, visita, palestra ou dinâmica para os estagiários da Fundação BIENAL de São Paulo como parte do programa de formação de educadores.
Nos dia 4 e 11 de agosto, na exposição Retratos do Império e do Exílio (para saber mais sobre a exposição, acesse o site do IMS: http://ims.uol.com.br/Cinema/D17/P=745), realizamos atividades pela manhã e tarde com grupos de aproximadamente vinte participantes cada. As atividades duraram cerca de 2h30 e contaram com a participação de professores, supervisores e educadores estagiários.
Iniciamos a conversa com uma dinâmica de apresentação utilizando um novelo de lã vermelho. Este era arremessado a uma pessoa não conhecida pelo arremessador, que devia supor informações a respeito da pessoa que recebia o novelo, partindo das primeiras informações visuais de roupa, acessórios, postura, corte de cabelo, tom de voz etc. Assim, a pessoa devia confirmar ou corrigir as informações e arremessar o novelo para o próximo desconhecido, formando, assim, uma grande teia de lã no espaço expositivo. A atividade foi uma proposta descontraída para começarmos a discutir aspectos da exposição como: a relação entre imagem x realidade, a questão da informação visual, a pose, a montagem, a veracidade da imagem fotográfica, entre outros.
Em seguida, pedimos ao grupo que observassem as fotografias e depois iniciamos uma conversa bastante rica sobre quais eram as facilidades e dificuldades de se trabalhar nessa exposição e as possibilidades de assuntos que poderiam ser abordados: a questão da memória; aspectos técnicos de ampliação e revelação; história do Brasil; história da fotografia; relação corpo x imagem; eternização da imagem; relação pintura x fotografia; montagem, figurino e cenário; relação foto digital x analógica; fotografia documental; fotografia como arte; fotografia como objeto de desejo; diferenças e semelhanças entre roteiros para uma exposição de arte contemporânea e uma exposição de fotografias do século XIX; dentre outros.
Ao final da conversa, dividimos a equipe em subgrupos e cada um elaborou um planejamento de visita (pensando nos conceitos a serem abordados e nas obras escolhidas) e também em uma atividade prática que poderia ser aplicada a grupos de escola. Cada grupo apresentou sua proposta, em seguida discutimos cada uma delas e assim encerramos a visita. Entre as propostas apresentadas, surgiram idéias de relacionar fotos das revistas atuais com as fotos da exposição, podendo assim criar uma relação entre o passado e o presente e a de explorar a linguagem do corpo, usando como referência as poses das imagens.
Adoramos ter participado do processo de formação dos estagiários, dentro de um projeto bem estruturado como o da Bienal, com profissionais bem preparados e interessados. Ótima experiência!
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